Dallton Santos é um guitarrista brasileiro, professor e compositor. Reconhecido pela técnica apurada, já lançou diversos álbuns e tocou ao lado de grandes nomes da música. Com influências do jazz e do rock, suas performances impressionam pela criatividade e virtuosismo.
Olá, Dallton, é uma enorme satisfação para o Blog License Your Media entrevistar um dos mais conceituados guitarristas brasileiros da atualidade.
License Your Media: Dallton, como começou sua história com a guitarra?
Dallton: Muito obrigado pelo convite. Meu contato com instrumento começou aos 13 anos com o violão e depois de um ano eu me interessei pela guitarra. Apesar de curtir o violão, o que me fascinava mesmo era o som da guitarra rock. Na época as primeiras bandas que me fascinaram foram Metallica, Guns N´ Roses e Iron Maiden.
Como foi seu processo inicial de estudos, complementando a pergunta, quais foram seus grandes mestres?
Fui autodidata durante uns 2 anos, meu estudo era baseado apenas em tocar músicas, fazer exercícios e arriscar algumas escalas. Aos poucos fui estudando por vídeo aulas e me interessando cada vez mais por todo material de estudo como livros nacionais/importados e sessões de aulas de revistas especializadas. Peguei gosto pelo estudo nessa fase aí.
Apesar de muita informação eu percebi uma hora que precisava de um professor para me ajudar a organizar tudo e me ensinar qual o caminho correto pegar. A partir daí peguei aula com o Edu Ardanuy, Wander Taffo, Kiko Loureiro, Mozart Mello, Djalma Lima, e outros. Fora cursos com André Cristóvão, Faiska, Tomati, Rafael Bittencourt.
Sou muito grato a todos meus Mestres e pessoas que de alguma forma me passaram algum toque!
Como dizia BB King: “A coisa bonita do aprendizado é que ninguém pode tirá-lo de você”.
Sei que não é pergunta que se faça, mas qual deles o influenciou mais?
Certamente o Mozart Mello.
Um músico que você acha completo, incluindo tocabilidade e talento, composições, administração da carreira, produções? … a pessoa que você acha que é “o cara”, tipo: “queria ser parecido com ele”.
Eddie Van Halen
Como é o Dallton do dia a dia? (em relação ao dia a dia pessoal e profissional)?
Academia e passeio com meu dog.
Quantas horas você passa com as guitarras e alunos por dia?
Só paro quando estou dormindo e olha lá, porque as vezes eu até sonho com música kkkk
Ou seja, é o dia inteiro com a guitarra. Quando não estou dando aula, estou gravando, produzindo ou estudando.
Como andam as aulas? Sabemos que a fila é grande para fazer aula contigo.
Uma procura incrível tanto para aulas presenciais quanto para aulas online.
É incrível porque dou aula a mais de 25 anos e o ritmo sempre foi puxado.
Como é para você ver um aluno em evolução?
É o objetivo principal, aquela sensação ótima de dever cumprido.
Onde você dá aula hoje?
Hoje em dia trabalho com aulas presenciais em São Jose dos Campos, além de aulas online para qualquer lugar do mundo, e administro meus cursos online.
Para onde a guitarra já o levou? Que lugar vem na cabeça primeiro?
California/USA, lançamento do meu álbum solo The Inner Things.
Com quais artistas de renome nacional e internacional você teve a honra de trabalhar?
Arthur Maia, Geoff Tate, Eloy Casagrande, Felipe Andreoli, Bruno Valverde, Alirio Netto…
Como foi tocar com o Geoff Tate do Queensrÿche?
Complementando, e os corredores do show? Trombou alguém?
Tocar com o Geoff Tate foi uma experiencia maravilhosa. Imagina só, você fã do Queensrÿche a vida toda e um belo dia é convidado pra tocar com o cara! kkkk E ainda foram shows abrindo para o Mr Big!
Lembro que assim que terminamos o show em São Paulo fui em direção ao camarim e trombei o Eric Martin vindo para o palco. Eu toquei no ombro dele e disse: A great show for you!
Ele me olhou sério e disse: Don´t touch me!
Eu fiquei paralisado e pensei f####
Aí ele começou a rir e disse: Just kiding man! Kkkkkkk
Nos fale como foi gravar o álbum “Ressonance” do monstro do bass Felipe Andreoli? Nos fale também do processo de produção.
Foi uma das experiências mais legais e desafiadoras da minha carreira. Estive com o Felipe durante o processo de composição das músicas. Foi ótimo ter colaborado e aprendido tanto. O Felipe é um músico e pessoa excepcional!
Gravar uma faixa com o Simon Phillips não é pra qualquer mortal, conte-nos como foi isso?
Uma vez o Felipe estava conversando comigo sobre possíveis convidados para o álbum, e o nome do Simon Phillips surgiu. O Felipe fez o contato com o Simon e mandou a música Thorn in Our Side.
O Simon Philips é uma lenda da bateria e imprimiu sua identidade musical nesta música de uma forma espetacular.
Falando em gravação, como anda as suas produções, quais são os projetos?
Estou trabalhando em novas músicas do meu trabalho autoral e em um outro trabalho em trio que vai se chamar Unlock.
Qual método e equipamentos que você usa para captação de suas gravações?
Atualmente para gravações tenho usado só plug ins. Neural DSP e Positive Grid.
Quais plataformas você usa para divulgar seu trabalho?
Youtube, Facebook, Instagram, Twitter e plataformas de música como Spotify, Deezer, entre outras.
Como anda o trabalho com música autoral no Brasil?
Tem espaço, mas precisa saber se vender e vender seu produto para o público certo.
Qual sua avaliação sobre os resultados obtidos através do marketing digital direcionado à música nos dias de hoje?
O marketing digital é imprescindível nos dias de hoje. Mas deve ser feito de uma forma honesta e verdadeira.
E seu caso com a Ibanez? Quando começou o casamento?
Bom, o namoro já começou a um longo tempo. Minha segunda guitarra foi uma Ibanez e desde
então eu me apaixonei pela marca.
O “casamento” de fato, ou seja, quando eu recebi a proposta da Ibanez para ser patrocinado como artista Ibanez Internacional veio em 2017 e até hoje vivemos felizes e para sempre rs.
Hoje você usa quais modelos da marca?
RG Prestige 652AHM, RG 450, RG 7 cordas



Aquele toque que você acha essencial pra galera que está começando agora a produzir um trabalho pra lançar nas plataformas digitais.
Acredite no seu som, mas busque autenticidade. Não copiei o que já existe, não tenha medo de arriscar e produza sempre um trabalho com qualidade impecável, invista tempo e dinheiro.
O que você diria hoje para o músico que está começando a aprender um instrumento?
Divirta-se!
Esqueci da turnê com o Felipe… Como foi fazer a tour com o Felipe Andreoli?
Esta turnê teve um total de 10 shows que passou por várias cidades do Brasil. Foi bem legal e puxada também!
Uma coisa foi gravar as músicas, outra é executar ao vivo. Trata-se de músicas extremamente
complicadas de tocar. A técnica tem que estar em dia e a memória para decorar tanta nota rs.
O legal é que depois dos dois primeiros shows, o trio vai pegando ritmo e acaba ficando cada vez mais natural e entrosado.
Tocar com o Felipe Andreoli e o Bruno Valverde é uma paulada! A cozinha dos dois é muito precisa e vem com pressão. É preciso encher a mão para acompanhar! Mas rola uma química legal entre a gente. Desde a época que lancei meu trabalho solo The Inner Things onde convidei os dois para tocar, a química aconteceu! De lá para cá sempre que surge alguma oportunidade de tocar em trio a gente se encontra.
A equipe License Your Media agradece muito por essa entrevista!
Obrigado Dallton Santos, desejamos muito sucesso em sua carreira!
Gostaria de conhecer mais sobre o trabalho e cursos de Dallton Santos? Acesse os canais do artista.
http://www.youtube.com/dalltonsantos
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http://www.dalltonsantos.com.br